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COLOCAR TUDO EM PRATOS LIMPOS

O primeiro restaurante foi aberto na França em 1765. Estabeleceu-se desde o início que a conta seria paga após a pessoa comer, ao contrario do que depois veio a acontecer com os lanches rápidos. Quando o dono ou o garçom vinha cobrar a conta e o cliente ainda não havia feito a sua refeição, os pratos limpos eram a prova que ele nada devia. A expressão é uma metáfora na resolução de conflitos.

 

É DE FECHAR O COMÉRCIO

 

Uma mulher de fechar o comércio é lindíssima e causa furor por onde passa. Embora o termo seja típico do Brasil, a origem da expressão não é do Brasil. O primeiro registro remonta ao século IV a.C. O registro diz que as lojas de Roma fecharam pela primeira vez após uma derrota militar. Esse costume perdurou por séculos e se tornou uma tradição em Portugal que acontecimentos importantes fossem motivos de fechar o comércio. Pelo Brasil, acredita-se que a expressão se popularizou com o sentido conhecido graças aos desfiles de moda realizados por lojas de roupas após o fim do expediente.

"De fechar o comércio"

A PREÇO DE BANANAS

Usamos a frase "a preço de banana" quando encontramos um artigo com preço baixo, mas tão baixo, que nem dá vontade de pechinchar. Essa expressão remonta ao descobrimento do Brasil: quando chegaram no Brasil, os portugueses encontraram bananeiras produzindo naturalmente, sem que fosse necessário plantá-las. Durante a colonização, era comum encontrar a fruta em propriedades agrícolas e quintais, pelo simples motivo de que as bananeiras são plantas de fácil cultivo em climas quentes e úmidos. A abundância fez com que a fruta não atingisse altos valores comerciais, e assim a banana virou sinônimo de produto barato.

 

 

De acordo com a mitologia da Grécia antiga, Morfeu era um dos mil filhos de Hipno, o deus do sono. Assim como o pai, era dotado de grandes asas, que o transportavam em poucos instantes, e silenciosamente, aos pontos mais remotos do planeta. O nome Morfeu quer dizer "a forma" e representa o dom desse deus: viajar ao redor da Terra para assumir feições humanas e, dessa maneira, se apresentar aos adormecidos durante os seus sonhos. É por isso que costuma dizer, há vários séculos e nas diversas línguas: quem cai nos braços de Morfeu faz um sono traquilo e reconfortante, como se realmente estivesse na companhia dessa divindade.

OVELHA NEGRA

Essa expressão não é brasileira, nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas (inglês, alemão etc.) também utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da cor preta que se diferencia em um rebanho de animais brancos. As origens da frase são milenares. Na antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, eram sacrificados em oferenda aos deuses para acertar acordos. Surgia assim o hábito de chamar de "ovelha negra" aqueles que diferenciam por desagradar e chocar.
 

UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO

Geralmente, as expressões idiomáticas têm origem popular. Não é este o caso. A primeira menção conhecida ao ditado está no livro Ética a Nicômano, de Aristóteles. Na obra, o filósofo grego escreve que "uma andorinha só não faz primavera", no sentido de que um indivíduo não deve ser julgado por um ato isolado. A escolha da andorinha não é casual. Na busca por calor, essas aves voam juntas, em grupos de até 200 mil animais. Em outubro, quando começa a esfriar na América do Norte, elas percorrem 8 mil quilômetros até a América do Sul, de onde voltam em abril.

Sobre o autor:

Aparecido Alcântara é Filósofo Clínico (nstituto Packter/RS), Psicanalista (ANEP/SP)  Especialista em Docência de Filosofia (UNESP), Professor de Filosofia, Sociologia e História na Rede Estadual e na Rede SESI/SP, atuando também como professor de graduação e pós graduação no Instituto Infinitus Educacional. Foi membro do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Salto, entre 2005 e 2011, onde atuou em projetos de formação de professores, gestores e demais trabalhadores da referida Secretaria, tendo coordenado a implantação do ensino de Filosofia para Crianças na Rede. Participou também em eventos voltados para a formação de educadores em Congressos e afins, além de desenvolver  projetos voltados para a aplicação da filosofia nas questões existenciais e no fazer pedagógico nas instituições de ensino por onde passou.

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